Nesta página estão alguns trechos dos trabalhos apresentados em classe dos alunos dos cursos de Teologia do SETES Jabaquara
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Trabalho de Exegese de Efésios 3 - versículo a versículo
Versículo 1 - Contexto Histórico
O capítulo 3 de Efésios, versículo 1 se inicia com Paulo
relembrando aos Efésios que o mesmo era prisioneiro por eles, os gentios.
Paulo estava preso em Roma ao escrever a carta entre 60 e
61 d.C.
Tíquico é o portador da carta (Ef 6:21-22)
Versículo 2
A palavra dispensação vem do
grego οικονομιαν (oikonomia) e significa mordomia, administração de uma
propriedade.
Paulo está se referindo ao seu cuidado em levar a Cristo
aos gentios.
Versículo 3
Paulo insiste na sua recepção
direta do Evangelho do próprio Senhor Jesus.
"Conforme escrevi há pouco, resumidamente",
Moody e Calvino discordam neste ponto, sendo que o primeiro acredita que Paulo
citava a presente carta aos Efésios, o segundo acredita que Paulo se referia
uma carta anterior, que teria se perdido.
Versículo 4
A palavra Mistério vem do
grego μυστηριω (mustêrion), não é algo místico ou mágico, mas um segredo
sagrado que não foi previamente revelado - D.L. Moody
Versículo 5
No versículo 5 Paulo explica o
"Mistério de Cristo" citado no versículo 4, que consiste no plano de
salvação para os gentios, que não foi dado a conhecer anteriormente, mas sim
foi revelado aos apóstolos e profetas, no Espírito.
Versículo 6
Este versículo reforça o
afirmado nos anteriores quanto aos gentios, e utiliza os termos co-herdeiros, comembros
do corpo de Cristo (Paulo cria uma nova palavra para destacar este ponto) e
co-participantes da promessa por meio do Evangelho
Co-herdeiro do grego
συγκληρονομος (synkli̱ronomos) - A preocupação do apóstolo era desfazer um
falso ensino no seio da igreja de Éfeso. Alguns judeus afirmavam que nenhum
gentio crente poderia participar da herança ou parte dela prometida a Israel, a
não ser que o gentio se submetesse ao cumprimento de alguns ritos e cerimônias
estritamente judaicas
Versículo 7
O termo grego traduzido por
Ministro é διακονος (diakonos) que é a mesma palavra utilizada para diácono.
Paulo jamais considerou o seu ofício como algo elevado
que o afastasse dos outros homens. D.L. Moody
Inácio de Antioquia
O Coliseu de Roma ficou marcado na história por seus embates
dentre gladiadores, tema famoso dentre os cineastas e escritores, porém para
nós cristãos a marca do Coliseu fica na história dos mártires da igreja
primitiva, que enfrentaram a fúria do império romano de maneira corajosa,
confirmando sua fé com suas próprias vidas.
Dentre os mártires do Coliseu, um me chamou a atenção,
Inácio de Antioquia, por sua fidelidade e coragem frente aos implacáveis
imperadores romanos.
Segundo O’Reilly, o famoso escritor do livro “Os Mártires do
Coliseu”, Inácio era um dos discípulos dos apóstolos Pedro e João, aprendendo
com estes a sublime ciência do amor de Deus, se tornando um dos pilares daquela
igreja em Antioquia.
O Manuscrito de Bryennios ou Códice de Jerusalém, datados do
século XI d.c contém a versão das chamadas “Epístolas de Inácio”, acredita-se
que o bispo Inácio de Antioquia às tenha escrito e direcionado às igrejas e
cristãos influentes da época (como a Epístola a Policarpo de Esmirna). Os
principais temas citados em suas epístolas eram a unidade da igreja, o culto
cristão e claro, Jesus Cristo. Ele também é um dos primeiros escritores da
época a utilizar o termo “Igreja Católica”, que quer dizer igreja Universal, em
um período em que muitos os chamavam de seita do judaísmo.
Alguns teólogos divergem quanto a se Inácio teria sido o
segundo ou terceiro bispo da igreja de Antioquia.
Segundo os historiadores nos contam, no 9º ano do reinado de
Trajano, o imperador romano instituiu um decreto onde todos deveriam se unir em
um sacrifício para os deuses. Inácio foi um dos cristãos e líderes da igreja
que se recusou a realizar esse sacrifício, tendo sido preso e condenado a
morrer em Roma para desencorajar o cristianismo. Foi durante esse período da
viagem até Roma que Inácio escreveu suas sete cartas (seis às igrejas da
região, e uma a seu amigo Policarpo).
Ao escrever sobre sua execução, Inácio usa uma expressão que
demonstrava sua fé e amor por Cristo: “Trigo de Cristo, moído nos dentes das
feras”.
Pouco antes de seu martírio, Inácio ainda escreve sua última
mensagem aos cristãos da época:
“Meu espírito se
sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus. Eu
ainda estou exposto ao perigo, mas o Pai é fiel, em Jesus Cristo, para atender
minha oração e a vossa. Que sejais encontrados nele sem reprovação”. Inácio de Antioquia
Inácio foi martirizado por leões no Coliseu de Roma no ano
de 107 d.c por ordem do Imperador Trajano, porém sua vida e exemplo foram mais
um pilar para a igreja primitiva disseminar o nome de Cristo por todo o mundo.
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